Fora muitas ocorrências, boletins e multas de queimadas que nossos clientes trouxeram para o escritório em agosto de 2020.
Vamos falar das queimadas de agosto para prepararmo-nos para setembro. Setembro de 2021, pois ações eficazes de controle de incêndios florestais urbanos são planejadas com um ano de antecedência.
Isso porque? Imagine não dar manutenção em seu jardim por um ano. Experimente não cortar a grama, não controlar plantas invasoras, não controlar formigas e pragas por um ano. Continuará sendo um jardim? Ou mesmo uma horta? Com certeza não, certo?
O mesmo ocorre com praças, parques e áreas verdes. Se tiver biomassa, vai pegar fogo.
Nossa empresa realiza trabalhos de manejo e manutenção de diversas áreas verdes publicas e privadas, e com sucesso essas áreas não foram afetadas pelos incêndios.
A conduta é de manejar e cuidar. Como conseguimos isso?
É preciso monitorar, retirar lianas e trepadeiras das copas e troncos das árvores, suprimir o desenvolvimento de espécies exóticas e invasoras tais como Albizia Procera, Leucaena leucocephala, remover biomassa seca de locais protegidos, manter o solo limpo de material inerte, lixo e capim braquiária, implantar e manter aceiros limpos e cercas cuidadas, depósito adequado de resíduos sólidos, incentivos à restauração ecológica e rearborização, entre outras ações que promovem um ambiente equilibrado e com qualidade ambiental.
Nesse trabalho, atentamos para que sejam mantidos criteriosamente o banco de sementes e o sub-bosque existentes no local.
A temporada de chuvas atualmente é menor na região de Ribeirão Preto. Os dias áridos e as tardes desérticas entre os meses de abril a setembro (ver gráfico) tem sido constante com os índices de radiação solar, temperatura e umidade relativa do ar.
Os agostos de 2019 e 2020 tiveram, cada um deles, 30.000 focos de queimadas na Amazônia brasileira, registrados pelo satélite Aqua do Instituto de Pesquisas Espaciais, o INPE. Até o momento da publicação desse artigo, a região de Ribeirão Preto registrou 534 casos nos meses de agosto, setembro e outubro de 2020.
As colunas de fumaça e a rapidez das chamas assustaram muitos moradores que constantemente nos perguntam: como evitar?
Respondendo à pergunta deste artigo, nas cabeceiras dos rios choveu pouquíssimo no último verão. A vegetação restou mais seca, mais inflamável e suscetível ao fogo. A piora da qualidade está sendo sentida de modo mais acentuada pelos acometidos pela covid-19 com dificuldade de respirar.
Essa é a nossa atual realidade. Em nossas cidades tudo se agrava quando a seca se acentua e as queimadas urbanas se proliferam. Dias tórridos, noites quentes.
A partir da experiência desastrosa dos últimos agostos, o caminho é de planejar ações de prevenção e de combate ao fogo para o próximo período de estiagem, abandonando improviso e corre-corre.
Todos esses projetos de monitoramento são cada vez mais importantes, pois o período de estiagem se acentuou nesta última década e as perdas do ultimo mês de agosto levará ao menos 6 anos para serem restauradas e corrigidas.
Fonte: http://queimadas.dgi.inpe.br/queimadas/bdqueimadas
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Plataforma TerraMA2, do Fundo Fiduciário de Mitigação das Mudanças Climáticas no Cerrado Brasileiro (BCCCMTF), administrada pelo Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD – Banco Mundial), e coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA).